Por Fernando Sá (Conselheiro Deliberativo da Petros, 2021 – 2025)
Prezad@s
Eu creio, piamente, que a representação que tenho por força de Conselheiro Eleito da PETROS (mandatário) exige de mim satisfação aos Senhores e Senhoras mantenedores dos diversos planos previdenciários, independentemente de terem, ou não, me honrado com seus votos. Mais do que um princípio e valor pessoal meu, entendo que esse dever de representação satisfativa está amparado na forma da lei ao tratar do instituto do mandato. Por isso venho ao longo do meu mandato fazendo PRESTAÇÔES DE CONTAS regulares aos Participantes.
Em 2021, quando fui convidado por grupos de Participantes a concorrer à eleição para o Conselho Deliberativo da PETROS, titubeei até o momento da inscrição da chapa. Durante a campanha, visto o poder econômico de determinados grupos, duvidei de que poderia ser eleito. Mas, fui agraciado e honrado com o resultado da eleição de então. Naquela campanha eleitoral, deixei claro que não faria quaisquer promessas, pois elas geram frustrações. Assim, preferi assumir um COMPROMISSO, o qual tinha quatro eixos básicos: PROFISSIONALISMO, TÉCNICA, INDEPENDÊNCIA e TRANSPARÊNCIA.
Quanto à transparência, ela é um princípio e um valor pessoal, além do que, por força constitucional e legal, entendo que todos os contribuintes dos Planos têm direito a CONHECER DETALHADAMENTE A GESTÃO de suas poupanças previdenciárias (SUSTENTO FUTURO).
No que diz respeito à independência, como Conselheiro Eleito, não interessam minhas convicções político-partidárias, religiosas ou ideológicas. Me cabe, sim, zelar para que haja uma GESTÃO EFICIENTE e com RESULTADOS POSITIVOS para que a PETROS alcance seus objetivos estatutários de GARANTIR GANHOS E BENEFÍCIOS JUSTOS AOS MANTENEDORES. Esse objetivo é a garantia de DIGNIDADE aos Participantes, Assistidos e Pensionistas.
Apesar de minha larga experiência profissional e algum conhecimento de direito previdenciário, a PETROS representou um DESAFIO PROFISSIONAL no sentido de adquirir maior conhecimento sobre previdência privada. E a isso me dediquei. Foram cursos, eventos, estudos e aprendizado que não só estão representados por uma certificação (ICSS). Isso me permitiu atuar tecnicamente.
Em um balanço da minha atuação de Conselheiro, como na minha vida profissional, sempre atuei de FORMA ASSERTIVA, mas sem nunca faltar com respeito a qualquer um. Não me vali de mentiras, ataques ou artimanhas contra ninguém. Sempre me defendi de forma proporcional e adequada quando fui atacado. E não faltaram ATAQUES. Mesmo por ser transparente e garantir informação aos Participantes, fui alvo de ataques e denúncias, mesmo por atual candidato, pessoas do seu grupo e outros Conselheiros, inclusive eleitos.
Certamente, eu tive acertos e erros na minha atuação, mesmo porque sou humano. Mas sempre primei por ME POSICIONAR DE FORMA OBJETIVA, FORMAL E FUNDAMENTADA. Todos os meus posicionamentos contrários, minhas abstenções, minhas preocupações, solicitações de esclarecimentos e repúdios estão expressos em atas de reuniões da PETROS (registros e manifestações anexas a tais documentos) e correspondências formalizadas e numeradas cronologicamente. Não se trata somente de me precaver pessoalmente, mas, sobretudo, de GARANTIR PROVA que sirva aos próprios Participantes em eventuais demandas por desrespeito a direitos seus no futuro. Por isso, ao me sentir CERCEADO na minha atuação de Conselheiro, apesar de meus protestos, reclamei junto ao órgão regulador (PREVIC), independente de meu respeito pessoal e profissional a qualquer outro Conselheiro Eleito ou Indicado.
Os dois últimos anos na PETROS têm sido muito desgastantes e exaustivos por fatores que não cabem ser aqui mencionados. Some-se a isso uma dedicação que me tem tomado muito do meu tempo familiar e socialE, por isso, eu decidira não me candidatar a uma reeleição, inclusive com agendamento de viagem de férias para maio próximo, após 4 anos sem férias.
Ocorre que, vários Participantes, Assistidos e Pensionistas, individualmente e em grupos, vinham me solicitando participar da próxima eleição, me trazendo um dilema pessoal. Não se trata de uma avaliação ou decisão fácil. Por vezes sou a voz solitária que clama no deserto. Mas, talvez, seja a única voz que represente a insatisfação de muitas pessoas e lhes dê algum tipo de perspectiva futura e informação sobre a gestão de seus recursos previdenciários. A faísca tem o dom de afastar a escuridão, ainda, que rapidamente, todavia, por vezes, ela traz a chama que permite a luz e claridade que se buscam. Podemos nos negar às missões que a vida nos impõe?
Em face dos últimos acontecimentos que presenciei, de questões trazidas por mantenedores, negociações confidenciais de direitos de Participantes, informações da mídia e por minha própria condição de Participante (PPSP-R e PP2), entendi por bem em me recandidatar à posição de Conselheiro Eleito. Creio que eu deva isso a uma coletividade que confia em mim e a mim mesmo como participante. Não importa o sucesso, mas a tentativa em algo que se crê.
Entendo que a proposta de 2021 merecia uma RENOVAÇÃO. É importante a participação de alguém mais jovem, cheio de gás e preocupado com seu destino previdenciário. Importante reconhecer o esforço de pessoas ainda em atividade profissional, com sensível tempo para contribuições futuras, e inclusas, hoje, nas discussões sobre nossa previdência privada. Outro aspecto envolve a DIVERSIDADE, pois precisamos dar espaço às MULHERES no Conselho Deliberativo, pois o olhar feminino traz sempre perspectivas próprias e importantes. As mulheres representam um sensível número dentre Participantes, Assistidos e, principalmente, Pensionistas.
Neste sentido, concordei em participar desse novo pleito, mantendo meus COMPROMISSOS, mas renovando a forma de atuação pelo espaço ao novo e ao diverso, e com a visão de formação de pessoas para o monitoramento futuro e constante que a PETROS exige, a bem de todos os mantenedores da PETROS. Afinal, somos TODOS PELO PRESENTE E FUTURO DA PETROS. É tempo de UNIÃO e garantia de SUSTENTABILIDADE.
Assim, eu figuro na CHAPA 53, tendo por candidata a Suplente uma mulher muito qualificada, dona de um currículo invejável e com atuação profissional inquestionável. FERNANDA GURJÃO não poderia ser melhor companheira de chapa, inclusive por sua atuação como auditora no Sistema PETROBRAS.
Por outro lado, é importante apoiar uma chapa ao CONSELHO FISCAL, para um trabalho conjunto e complementar. E, novamente, busquei o encontro do passado, presente e futuro da PETROS. Apoiar DIEGO DUTRA e CONSTANTINO ANGÉLICO (CHAPA 61) significa reconhecer o valor do passado e do presente, com a visão da PETROS no ANTES, AGORA E DEPOIS.
Não poderia deixar de dar satisfação aos Senhores e Senhoras de tal decisão por respeito e coerência ao que tenho como compromisso desde 2021. Mas, acima de tudo, venho pedir o ENGAJAMENTO de todos nessa eleição, não só pelo voto, mas pela reflexão, pelo debate e pela convocação de outros Participantes ao processo eleitoral. Afinal, SEUS VOTOS DEFINEM O FUTURO DE TODOS NÓS. A PETROS NÃO PERTENCE A ALGUNS, MAS A TODOS OS PARTICIPANTES DE TODOS OS PLANOS PREVIDENCIÁRIOS QUE ELA ADMINISTRA. UNIÃO E SUSTENTABILIDADE.
Saudações,
Fernando de Castro Sá
03.04.25