Notas do CD

Muita calma nessa hora…

Nas últimas semanas, estamos vivenciado uma situação inimaginável que atinge a todos, mundialmente: a pandemia de coronavírus ou COVID-19.

A pandemia causada pelo COVID – 19, a qual além de perdas de vidas irá trazer consequências econômicas para todo o mundo, para as quais ainda não se pode ter a devida dimensão, com certeza, será de grandes proporções.

Recessão, fechamento de empresas, desemprego, etc., e todas as suas consequências, são projeções de um cenário que o mundo deve se deparar nos próximos meses, sendo que os reflexos dessa situação já começaram a aparecer, nesse momento.

Feita essa breve contextualização, o objetivo com essa nota é tecer algumas considerações a respeito de como esse cenário deve afetar nossa Fundação.

Nos últimos dias, temos recebido demandas de participantes e assistidos com inúmeras sugestões, todas elas com o objetivo de promover um alívio nas finanças, já combalidas, de todos os atingidos pela cobrança do PED 2015, que vão desde a “suspensão da contribuição extraordinária pelo prazo mínimo de  6 (seis) meses até a prorrogação da suspensão dos empréstimos contraídos até o final de 2020“. É importante salientar que estamos na reta final de um processo de aprovação de uma nova forma e fórmula de equacionamento que englobam os PED´s de 2015 e 2018.

Entendemos as razões das sugestões recebidas, mas por dever e responsabilidade do exercício dos nossos mandatos, devemos zelar, também, pela perenidade dos planos, notadamente, nesse caso em específico, dos planos atingidos por equacionamentos e cobranças extraordinárias e os impactos que tais medidas poderão causar sobre os fluxos de pagamentos presentes e futuros, sejam eles dos participantes ativos, ainda em fase de acumulação, ou assistidos, que estão na fase de concessão dos seus direitos.

Temos, sim, que estarmos todos preocupados e atentos aos impactos que o cenário econômico irá nos trazer, ou melhor, que já está trazendo à nossa Fundação, o qual podemos classificar como sendo fruto da atual conjuntura econômica. Conforme Carta da DINV, disponível nesse link, até fevereiro de 2020, os Planos PPSP-R e NR, apresentavam perdas de 3.16% e 3.40%, respectivamente, diante de uma meta atuarial acumulada prevista de 1.1%, para ambos os planos. Da mesma forma, o PP-2 apresentava perdas de 2.62%, diante de uma meta atuarial acumulada prevista de 1.2%.

Em consonância com o nosso compromisso de sermos, acima de tudo, transparentes e objetivos ao manter a todos bem informados, pois os desdobramentos de tudo isso ainda é muito incerto, na última quinta-feira (26/03) a Diretoria de Investimentos (DINV) apresentou ao Conselho Deliberativo (CD) uma análise dos impactos do COVID – 19 na carteira de investimentos da Petros e, consequentemente, os reflexos em seus planos.

Face à queda da taxa de juros no Brasil, que atinge a TODAS as entidades de previdência complementar, sejam elas fechadas, como é o caso da Petros, ou abertas como aquelas privadas, oferecidas pelas entidades financeiras ou bancos, há a necessidade de uma maior exposição dos percentuais de investimento em renda variável, a partir do ano de 2020. Nos planos Benefício definido ou BD, essa exposição se submete a uma Política de Investimentos, que é diligenciada com muita responsabilidade tanto pelos gestores, quanto por nós, conselheiros. Toda essa governança visa o atingimento da meta atuarial e sem essa exposição ao risco, controlado, seria praticamente impossível atingirmos a meta e nós buscamos sempre superá-la. Pois bem, algumas entidades iniciaram esse movimento de exposição ainda em 2019, outras, dentre elas a Petros, com base na Política de Investimentos 2020 – 2024, iniciaram esse movimento em janeiro de 2020. Justamente agora, fomos todos atingidos pela pandemia do COVID-19!

Essa mudança brusca de cenário fez com que a equipe da Diretoria de Investimentos (DINV), em conjunto com a área de Gestão de Riscos (GRC), tivessem que agir rapidamente visando proteger a carteira de investimentos da Petros, diminuindo a exposição em renda variável. Porém, tudo isso está acontecendo num cenário de incertezas e altíssima volatilidade – como exemplo, temos o índice da Bolsa que caiu de 119 mil para 73 mil pontos, em pouco menos de 3 meses.

Após esse impacto inicial, ainda em mar revolto e num cenário de incertezas permanente, as equipes da DINV e da GRC vêm monitorando, diariamente, o mercado e traçando cenários, com a avaliação dos impactos e das medidas a serem tomadas, para evitar o não atingimento das metas atuarias dos diversos planos da Petros, ou seja, medidas que evitem o desequilíbrio causado pelo “descasamento” entre o ativo, composto pelos nossos bens e direitos, e o passivo, que são as obrigações que o plano deve atender para evitar aquilo que causa o déficit técnico, passível de equacionamentos.

Muitos de nós estarão se perguntando: “O.K., está certo, mas qual é o impacto disso tudo sobre a Petros?”. Talvez a melhor resposta fosse: “Nós ainda não sabemos, mas podemos lhes afirmar que a nossa Fundação está trabalhando com responsabilidade e zelando pela saúde financeira de todos os planos, buscando reduzir as influências externas negativas e levando em consideração os diversos cenários”. Somos testemunhas de que as tomadas de decisões estão sendo feitas com responsabilidade, mesmo com a incerteza que o momento impõe em relação à economia mundial.

Podemos afirmar que essa situação irá afetar todas as entidades de previdência, sejam elas fechadas ou abertas. Portanto, da mesma forma que mecanismos estão sendo criados para minimizar os efeitos econômicos que o COVID – 19 irá causar, entendemos que os órgãos fiscalizadores, juntamente com essas entidades, devem buscar alternativas para flexibilizar eventuais impactos no equilíbrio dos planos de previdência. Quanto a isso, já existem rumores.

Tudo isso exposto, o título dessa nota não poderia ser outro: “Muita calma nessa hora”.  Diante de tantas incertezas e de um cenário imprevisto, que obviamente não estavam sob o nosso controle, pedidos de suspensão da contribuição extraordinária e outras medidas de alívio financeiro, além da atual suspensão das cobrança das parcelas de abril a junho daqueles que contraíram empréstimos, ainda são prematuros, porque temos que analisar todos os impactos relativos junto aos fluxos de caixa dos planos.

Finalizando, a situação da aprovação do Novo PED ainda está sob análise dos órgãos SEST e PREVIC. O processo vem sendo monitorado pela Petros visando viabilizar a sua implantação, se possível, ainda em abril, conforme informação recebida no dia de hoje.

16 Comentários

  • ODIMAR ANTÔNIO JULIANO DE CAMPOS

    Boa noite
    Eu gostaria de saber o que significa exatamente “O processo vem sendo monitorado pela PETROS”. A PETROS tem alguma previsão fornecida pelas PREVIC e SEST quanto à aprovação e encaminhamento do NPP? Ou simplesmente está aguardando algum comunicado ou nota dos dois Órgãos a respeito da aprovação e encaminhamento do NPP? A PETROS tem algum meio de “pressionar” esses dois Órgãos. Caso não tenha, para mim, desculpe-me, a resposta clara seria: não sabemos, estamos aguardando.
    Obrigado
    Atenciosamente
    Odimar Antônio JULIANO de Campos

    • Herval Filho

      Prezado Odimar,
      Monitorar significa, etimologicamente, “vigiar, verificar (algo), visando a determinado fim” e é exatamente isso que está sendo feito pela Diretoria Executiva da Petros, liderada por seu presidente, Bruno Dias. Você pergunta depois: “A PETROS tem algum meio de “pressionar” esses dois Órgãos?” A melhor resposta talvez seja: A Petros está se esforçando e empregando, com presteza, todos os meios possíveis e ao seu alcance, no sentido de acelerar, dentre dos seus limites de competência, a aprovação desse NPP. Por fim, estamos aguardando, todos, por um desfecho positivo aos nossos anseios.

  • Max Simon Gabbay

    Boa noite
    Infelizmente, vejo um distanciamento cada vez maior das nossas realidades. Vocês parecem não entender que boa parte da categoria está com REAIS dificuldades.
    Porque o presidente da PETROS ou um des seus tantos gerentes executivos com altíssimos salários não pressionam os órgãos ccompetentes ?
    Aliás, na sua nota, esta resposta está vazia.
    Pressione.
    Aja.

    Muito mais do que sua nota, precisamos da implantação do NPP.
    Obrigado

    • Herval Filho

      Boa noite, Max
      Ao contrário do que você escreve, estamos, sim, muito mais preocupados do que você imagina e percebemos perfeitamente tudo o que está acontecendo. Contudo, temos um papel e uma grande responsabilidade com todos os participantes e, principalmente, com aqueles que estão sofrendo os descontos do PED 2015, assim como eu e o José Roberto. Agradeço seu comentário, sem dúvida, e esperamos isso mesmo de todos os participantes dos planos Petros: cobranças e ações de nossa parte. Nós estamos dando a nossa face para bater, mas não nos sentimos no papel de cristo – o que seria uma heresia de nossa parte. Não nos escondemos e divulgamos a realidade, mesmo que ela não seja exatamente aquela que todos nós desejamos. No mundo ideal, aquele que eu particularmente sonhei, há 41 anos atrás, quando ingressei na Petrobras, não haveria sequer um Plano de Equacionamento de Déficits. Contudo, o que buscamos é sermos TRANSPARENTES, sem enganar aos participantes. Eu, particularmente, sou adepto da seguinte frase: “Prefiro uma verdade que machuque a uma mentira que entorpece”.

      • José Roberto

        Caro Max,
        Gostaria de acrescentar apenas um ponto à resposta do Herval.
        Nós e a Petros não estamos apenas preocupados com a situação dos participantes, estamos, isso sim, muito ocupados com os assuntos da Petros.
        Tenha a certeza que seria muito mais fácil para a Petros, ter implantado um novo PED nos mesmos moldes do anterior.
        Porém, sabemos que isso não apenas sufocaria os participantes, como também decretaria o fim do PPSP.

  • Max Simon Gabbay

    Boa noite
    Agradeço.
    Mas insisto na pergunta: quais ações a PETROS está adotando EFETIVAMENTE para pressionar os órgãos competentes ?
    Em que estágio está está análise? Inicial ? Intermediário ? O que faz crer que ele será implementado até abril ? Baseado em qual informação ?

    Obrigado

    • Herval Filho

      Max, nós somos conselheiros eleitos. Por conseguinte, participamos de TODAS as decisões, desde o dia 26/11/2019, quando tomamos posse. O que você entende por “pressionar” eu entendo por diligenciar. Obviamente, existe um campo político que é explorado, principalmente se reguladores e regulados CUMPREM com os seus devidos papéis: SEST e PREVIC de um lado e PETROS, do outro. “O que faz crer que ele será implementado até abril ?”. Resposta: o cronograma, após aprovação pelo Conselho Deliberativo, do qual eu e o José Roberto, que exerce o direito ao voto, consagrado no dia 20/02/2020, conforme link https://www.petros.com.br/PortalPetros/faces/wcnav_externalId/not?content=WCC064783&_adf.ctrl-state=uezqy33xt_4&_afrLoop=390422054836084
      O estágio está avançado, mas temos a pandemia do coronavírus.

    • José Roberto

      Bom dia, Max!!!
      Todas informações que dispomos, mesmo que poucas, são essas.
      Porém, vale acrescentar que não existem mecanismos para pressionar os órgãos de controle como você deseja. Existe sim muito diálogo no sentido de atender às demandas de modo que o processo possa transcorrer da maneira adequada.
      Quando da aprovação no Novo PED, a Petros ESTIMOU um prazo de 60 dias para conseguir que todo o trâmite de aprovação fosse cumprido. Pois bem, como a aprovação se deu em 20/02, o prazo estimado ainda não se expirou. Observe bem que o prazo é ESTIMADO, e, portanto, ninguém pode afirmar que realmente será implantado nesse prazo.
      Por fim, voltando ao “pressionar” os órgãos de controle, fique você sabendo que a roda gira em outra direção, pois são os órgãos de controle quem nos impõe prazos quando são celebrados Termos de Ajuste de Conduta (TAC), como no caso do Novo PED, prazos esses que caso não sejam cumpridos sujeita os responsáveis à sanções administrativas ou penais.

  • Carlos

    Senhores, boa noite.
    A PREVIC, a quem compete fiscalizar e deliberar sobre regras e apontar práticas nocivas dos planos de previdência, me parece totalmente vendida e nas mãos dos políticos e governantes que, a despeito de nossas carências e desfalques, aprovam tudo que os podres poderes desse país desejam.
    A PETROS foi saqueada pela corrupção política que historicamente é comparada a uma praga mortal como a virose do Convid 19 e que abalou nosso poder de compra e esmagou nossa auto estima. Além da má administração de alguns despreparados que se aventuraram na gestão do plano PETROS e que acabou por gerar um passivo até hoje não justificado e o que é pior, políticos inescrupulosos e gestores irresponsáveis e/ou omissos criaram e aprovaram leis na calada da noite que nos impede de processar os diretores por administração desastrosa que impliquem em perdas e resultados negativos, levando a bancarrotas nossas ações junto a justiça (outra piada travestida de poder e defesa de nossa constituição).
    Ora, se isso não for claramente expostos e os numerários não recuperados e devidamente repostos em nossos cofres, o que não vejo mencionado nesta nota, vamos continuar sendo “entubados”, pois este geriatricidio provocado pelo PED, roubou nosso futuro e hoje pagamos por algo que não fizemos e como a Convid 19 ainda vai causar mais miséria e perda real de nossos salários.
    Desculpem a conotação ‘romântica’ desnuda de histórico de fatos e fotos, mas não fujo ao grande cerne da questão que nos levou a este cenário. A nota em questão anuncia mais miséria por conta do atual conflito economico provocado pela disseminação do Corona Vírus no.mundo todo.
    Bem a propósito, as consequências desta virose, que ataca mais massivamente as pessoas idosas e e já debilitadas. Que infeliz coincidência do destino, não acham? O novo plano deveria se chamar ‘corona Petrus’
    Senhores, vão buscar o dinheiro de volta e cobrar de quem nos roubou e botar os responsáveis na cadeia fazendo devolver tudo.
    Vão cobrar das patrocinadoras o que foi roubado e não depositado.
    Eu quero meu dinheiro de volta!…

    • José Roberto

      Caro Carlos,
      Grande parte de seu relato desabafo, faz parte da história que todos nós conhecemos e, me permita, nada acrescenta de novo.
      Não serei repetitivo, em respeito aos demais seguidores de nosso blog, mas solicito que você leia a resposta abaixo que enviei ao Magal. Ao ler você poderá ver que a Petros e nós, estamos atuando no sentido de buscar a reparação dos danos causados à Petros quer seja por má gestão ou fraude.
      Por fim me desculpe, mas suas comparações da situação da Petros com o COVID-19, o qual causará centenas de milhares ou até milhões de mortes, além de um abalo econômico mundial, são, no mínimo, inoportunas.

    • Herval Filho

      Prezado Carlos, poesia é a minha praia. Tenho um blog, que obviamente não é esse, onde escrevo coisas feitas desde os 16 anos de vida. Vamos direto ao ponto e tentar resumir minhas respostas.
      Gosto de ler frases bem escritas e você faz isso muito bem. Concordo que a Petros foi saqueada, mas também entendo que ficamos passivos durante muitas décadas, Concordo que não agimos como atores principais e sim coadjuvantes, sem sequer participar do processo de escolha daqueles que nos representaram nos conselhos deliberativo e fiscal, também durante décadas e até mesmo agora, em 2019, quando na última eleição sequer um terço dos eleitores votaram. Compreendo que a nossa população PETROS é sexagenária, em grande parte, mas os participantes da ativa também se omitem; isso é fato.
      Só pretendo me ater a um comentário da sua fala: “Ora, se isso não for claramente expostos e os numerários não recuperados e devidamente repostos em nossos cofres, o que não vejo mencionado nesta nota, vamos continuar sendo “entubados”, pois este geriatricidio provocado pelo PED, roubou nosso futuro e hoje pagamos por algo que não fizemos e como a Convid 19 ainda vai causar mais miséria e perda real de nossos salários”.
      Minha resposta é: Podemos ser cobrados e queremos ser, sem dúvidas, mas ao contrário da sua fala, creio eu, o feedback que recebemos de muitos colegas nos faz crer que estamos, sim, sendo TRANSPARENTES e cumprindo com a nossa plataforma em agir nesse sentido. Temos 4 meses de mandato e isso não é uma desculpa. Como bem disse o conselheiro José Roberto na sua resposta, “estamos atuando no sentido de buscar a reparação dos danos causados à Petros quer seja por má gestão ou fraude”. Eu digo mais: Enquanto nós estivermos exercendo esse mandato, que foi outorgado por vocês, ao nos escolherem com 7576 votos, até o dia 25/11/23, não descansaremos enquanto essa conta não for ajustada e os devidos valores subtraídos dos participantes não retornarem aos cofres da Petros. Portanto, não será necessário nos pedir “Senhores, vão buscar o dinheiro de volta e cobrar de quem nos roubou e botar os responsáveis na cadeia fazendo devolver tudo.
      Vão cobrar das patrocinadoras o que foi roubado e não depositado.
      Eu quero meu dinheiro de volta!”…
      O dinheiro também saiu da minha reserva matemática e de todos os outros participantes dos planos Petros. Cobrar, estamos cobrando da área responsável e seguindo com os rituais exigidos. Só não prometemos botar (sic) os responsáveis na cadeia, porque não é esse o nosso papel e nem sei se a justiça o fará, como todos nós ou muito de nós gostaríamos, na velocidade que a operação exige, na complexidade que tem o caso e na ordem de grandeza dos bilhões que foram subtraídos.

  • Antonio Jorge Campos Magalhães

    Caros Conselheiros
    Com todo o respeito ao trabalho e dedicação de vocês, as suas respostas aos questionamentos me parecem vagas. Porque uma pergunta simples e direta não tem uma resposta igualmente simples e direta?
    Eu estou muito descontente com este PED, e não sei o que a Petros está fazendo para recuperar o dinheiro que nos foi subtraído, por exemplo. Sinceramente acredito que vocês deveriam saber e nos informar. E mais, atuar firmemente para que este dinheiro seja recuperado o quanto antes, ao invés de focar apenas no novo PED. Não é correto pagar pelo prejuízo que outros causaram, e não me acomodo com esta situação. O PED pode ser uma alternativa, mas somente enquanto a Petros não reavê o dinheiro que nos pertence.
    Por favor, gostaria de respostas simples e diretas. E conto com vocês para isto.
    Respeitosamente,
    Magal

    • José Roberto

      Caro Magal,
      Sobre a resposta que você deseja em relação ao Novo PED, apesar de pouco ou nada, é a que temos. Se quiser entender um pouco a forma como a coisa anda, por favor, leia abaixo a última resposta que dei ao Max ainda hoje.
      Passando para o outro ponto citado por você, enquanto todos estão preocupados com as ações da Petros em relação aos déficits, tenha a certeza que nos estamos ocupados e muito com o assunto.
      Após passar mais de 4 anos sem dar muita atenção ao assunto, a Petros, por meio da nova Diretoria Executiva, cumprindo o seu dever fiduciário, o que não foi feito em administrações anteriores, vem trabalhando na reestruturação da área jurídica, envolvendo: equipe, processos, recursos, etc., visando dar agilidade ao processo de apuração da má gestão ou fraude envolvendo investimentos da Petros.
      Nos 4 meses que lá estamos, temos visto à evolução que esse assunto tem tido, porém, sem criar falsas ilusões, o que hoje está sendo feito, simplesmente prepara o alicerce para dar celeridade às apurações, e, portanto, é um trabalho para o médio prazo, apesar de que algumas ações já foram ajuizadas, e daí, caímos na mão da Justiça.
      Outro ponto, ainda no mesmo tema, é que se os processos de apuração, resultarem “apenas” no apontamento de pessoas físicas, sejam eles gerentes, dirigentes ou conselheiros, pouco ou quase nada conseguiremos reaver à Petros frente ao valor do déficit, pois essas pessoas não terão patrimônio suficiente para ressarcir eventuais danos. Nós, conselheiros eleitos, temos sido enfáticos em relação à isso em todos os fóruns nos quais o tema é tratado.
      Tenha a certeza que estamos atentos a tudo, olhando o passado, o presente e o futuro, principalmente no momento que vivemos. Todavia não podemos ser irresponsáveis ao ponto de dizer que a solução é fácil e se dará no curto prazo.

    • Herval Filho

      Prezado Magal, permita-me assim trata-lo. O seu comentário me tocou de forma diferente de tantos outros que li e procurei responder dentro dos limites que a verdade nos impõe. O processo de comunicação entre os humanos sempre será complexo, porque se fácil ou difícil depende sempre de quem emite e de quem recebe aquilo que lhe é comunicado. Dito isto, vamos às respostas:

      1. Porque uma pergunta simples e direta não tem uma resposta igualmente simples e direta?

      Conforme dito no parágrafo acima, podemos ser simples e diretos e alguns entendem isso como rasos e grosseiros. Eu também sou um participante do PPSP, mas também sou conselheiro eleito. Como participante exerço o meu direito de expressão, sem ofensas e protegido pela Constituição Federal. Como conselheiro eu meço as minhas palavras aqui no blog, não por conta de projetos políticos ou interesses de acessos ao blog, mas pela responsabilidade que tenho com todos e em defesa dos interesses comuns com a Fundação Petros. Talvez nem essa resposta seja simples, nem sequer direta, mas é verdadeira; pode acreditar.

      2. Eu estou muito descontente com este PED, e não sei o que a Petros está fazendo para recuperar o dinheiro que nos foi subtraído, por exemplo. Sinceramente acredito que vocês deveriam saber e nos informar.

      Eu também estou desconte com o atual PED de 2015 e mais ainda com um PED em 2018, que teve que abranger déficits de 2015 e 2018 e incorporar resultados de 2019 para se transformar num NPP com redução de expectativas futuras de direitos e perda no abono do 13º salário. Perdemos anéis para garantia dos dedos. O que sabemos, desde que não fira o REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DELIBERATIVO DA FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL – PETROS (IV. Manter sigilo sobre informações e matérias às quais tiveram acesso no exercício de seu cargo. O dever de sigilo estende-se por até 12 (doze) meses após o término do seu mandato), com certeza, informaremos.

      3. Não é correto pagar pelo prejuízo que outros causaram, e não me acomodo com esta situação. O PED pode ser uma alternativa, mas somente enquanto a Petros não reaver o dinheiro que nos pertence.

      Concordamos em gênero, número e grau com essa assertiva. Também vemos o NPP como uma alternativa melhor que a solução anterior que foi a implantação do PED 2015. Não estamos acomodados e sim incomodados, como você e todos os demais participantes dos PPSP´s. a Gerência Jurídica, que responde diretamente a presidência da Petros, está atuante no processo de cobrança, sim. A principal mudança na estrutura organizacional foi a criação de uma célula de Responsabilidade Civil e Criminal, dedicada à análise de casos para acelerar a abertura de processos contra ex-gestores e terceiros (pessoa física e jurídica).

      Finalizando, quero lhe agradecer pelo reconhecimento inicial ao nosso trabalho e dedicação. Acredite: estamos trabalhando muito em prol de todos, porque fomos eleitos para isso. Eu estou cumprindo com a minha missão, assim como o José Roberto, meu amigo e conselheiro titular, pessoa íntegra e extremamente dedicada. Estou doando o meu tempo, com dupla jornada, porque tive que retornar ao mercado de trabalho, mas faço tudo isso por uma nobre causa: o resgate da imagem, que foi vilipendiada, e dos valores, que foram subtraídos de todos nós, na Petros.

  • Cleber

    Caro Jose Roberto:
    Te parabenizo, mais uma vez, pela analise dos fatos, e suas potenciais repercussoes na Petros , sobre a sua postagem “Muita Calma Nesta Hora”. Afinal, como disse o Murphy , nada eh tao ruim que nao possa ser piorado… foram 02 anos que as entidades ditas “representantes dos trabalhadores” bateram cabeca para construir uma proposta bem pior que o NPP. Em aproximadamente 02 meses o atual presidente da Petros construir uma proposta menos pior que a deles. A justica em terceira estancia(TSJ) deu razao ao equacionamento produzido pela Petros/Petrobras via PED. Eh uma decisao monocratica que ira durar ate o presidente daquela casa assim o entender, pelo menos, foi assim ate hoje. A sua afirmativa que , por inercia, a Petros poderia implantar o PED 2018 e , tambem por inercia, acabar com o PPSP eh um fato…. o problema eh explicar isto para trabalhadores que construiram uma Petrobras que produzia 30.000 barris de petroleo/dia em 1981 para a atual que produz 3.000.000 baris de petroleo equivalente em fevereiro/janeiro deste ano.Nao se consegue isto com uma exploracao off shore (nosso caso) sem um imenso sacrificio( Pessoal, profisional, familiar e fisico/saude). Sao estes herois nacionais anonimos(exceto para a nossa familia) que cobram de voces , inclusive, agilidade na implantacao do NPP.
    Enquanto estes continuarem cobrando resultados a voces, pode ter certeza, eles ainda acreditam em voces. Provavelmente ja nao cobram mais nada de atual e ex conselheiros eleitos e que sao reus em acoes criminais movidas pelo ministerio publico acerca de suas acoes em deservico da Petros, acoes estas disponiveis na justica federal de Brasilia.
    Voltando ao assunto da previsao do NPP, sugiro que voce realize, atraves dos meios legais previsto a um membro do CD Petros, uma SOLICITACAO ao presidente da Petros, para que o mesmo solicite a SEST e a Previc uma previsao ATUAL(COVID 19) da implantacao do NPP. Nao existe ninguem mais habilitado para tal do que o referido. Esta divulgacao precisa ser formal por parte do Bruno. A partir dai, penso, voce atenderia os anseios daqueles que te demandam e teriamos acesso a VERDADE. VERDADE esta que tem sido negada, por decadas, a aqueles herois que ja me referi e que, junto com a Petrobras, pagam em dia(inclusive com PLR) a todos os funcionarios da Petros. Imajino o seu trabalho no CD(decadas de descaso, imcompetencia,aparelhamento politico/partidario, gestao temeraria e fraudulenta), mas sugiro que voce analise a minha, humilde, sugestao.
    Eh preferivel uma verdade terrivel a 10 noticias maravilhosas

    Forte abraco !

    • José Roberto

      Caro Cleber,
      Agradeço suas palavras e fique tranquilo que não estamos preocupados com as cobranças. O que não podemos é dar a resposta que todos querem, mas não temos.
      Sobre a sua sugestão, mesmo tendo consultado o presidente Bruno sobre a situação, antes de colocar o ponto final em nossa nota, irei falar com ele solicitando que avalie a emissão de um comunicado aos participantes falando sobre o tema.
      Sobre o fato de termos trabalhado anos na Petrobras e agora termos dificuldade para entender a situação que estamos, também concordo com você, mas também acho que temos que começar a conhecer um pouco mais de Previdência Complementar, para que possamos entender os fatos e até contribuir apontando caminhos para melhorar nossa Fundação.
      Temos sido enfáticos em todos os fóruns que participamos, sobre a necessidade de que a Petros seja mais célere e próxima dos participantes, mas apesar de alguma melhoria, ainda estamos muito distantes do ideal, mas acredito que em breve haverá mudanças.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.